um dia histórico. um dia alviverde. e o dia em que me apaixonei de vez pelo Palmeiras.
desde pequeno, quando se tem um filho homem (dentro do que acontece geralmente na nossa cultura), logo surge uma das perguntas mais importantes para qualquer pai ou familiar torcedor de um determinado time: que time ele vai torcer? o mesmo que o pai? o mesmo que a maioria da família? ou vai escolher um por conta própria?num primeiro momento, posso dizer que não fui educado a ver/assistir partidas de futebol. meu pai apenas seguia a tradição palmeirense da família italiana e do lado da minha mãe, ninguém gostava de futebol.
então eu acompanhava muitos jogos do São Paulo com meus primos, que torciam e tinham até camisetas do time (também devido ao fato de suas famílias possuírem melhor situação financeira).
mas com o tempo, meu avô, pai do meu pai e eterno palestrino (”nasceu junto com o time”, em um post que vocês podem ver clicando aqui), foi me mostrando alguns jogos, me emprestou uma de suas eternas camisetas brancas (ele preferia a segunda camisa, devido ao forte calor que faz em São José do Rio Preto durante todo o ano), me ensinando um pouco de futebol, me encantando com o carinho que tinha pelo time.
eu ainda era muito pequeno, mas me lembro bem dos títulos de 1993 e 1994 (ano que também ficou marcado na minha memória por causa da morte de Ayrton Senna) e do auge da Era Parmalat, a grande patrocinadora e “fábrica de ganhar dinheiro” (em cima) do Palmeiras.
mas nunca vou esquecer do ano de 1999. pois nunca vou esquecer da emoção que senti naquelas arquibancadas do Palestra Itália. coisa indescritível, mesmo.
que só quem ama alguma coisa ou alguém de verdade pode sentir. a campanha do time não parecia lá muito boa, mas o time tinha jogadores muito experientes, um goleiro que viria a se tornar Santo e um técnico que indiscutivelmente foi o melhor que já passou pelo time: Luiz Felipe Scolari.
dava gosto ver como o time jogava com raça, mesmo que a técnica ficava mais a cargo de um dos nossos eternos camisas 10, Alex.
mas nada resume, até hoje, o que foi aquela partida no Palestra Itália, com gente tentando invadir o estádio e gente em todos os cantos, contra o Deportivo Cali.
lembro que depois do pênalti de Zapata, ao ver Marcos correr, eu corri pelo único espaço que tinha e gritei com o pouco de voz que eu tinha: “é campeão!! é campeão!!”.
as lágrimas não paravam de sair dos olhos e todo mundo ali parecia que se conhecia há muito tempo: abraços pra cá, abraços pra lá, pulos e gritos de alegria, gritando os gritos das organizadas e festejando muito.
Lembro também que fiquei tanto tempo no estádio que as minhas costas doíam tanto (de ficar em pé, pois naquela noite ninguém ficou sentado) que eu mal consegui dormir naquela noite.
mas o maior motivo deu mal conseguir dormir naquela noite era a euforia por ter participado daquele jogo. e por ter me sentido como no título deste blog: o 12o jogador daquele time.
parabéns, Palmeiras, pelos 10 anos do primeiro título da Libertadores da América. serei eternamente grato por você fazer parte da minha vida (e também ao meu avô, aos meus tios e aos meus amigos palmeirenses, que sempre que podem se reúnem e vão comigo nos jogos).
e pra quem não viu ou quer rever aquele momento histórico, fiquem com um vídeo pra lá de especial!